[ Resenha ] CLUBE DA LUTA

Olá, olá.

Algum tempo atrás eu tinha assistido (e amado) Clube da Luta. Depois comprei o livro e, sim!, tem o livro. Porém demorei muito tempo pra começar a ler e só terminei recentemente, já aviso: MEU NOVO LIVRO FAVORITO. Achei tão bom que pensei em fazer uma resenha sobre as minhas experiências, o que eu mais gostei e aspectos gerais da obra. Não pretendo contar a história do livro e sim a história que foi poder lê-lo.




O que eu mais amei, tanto no livro quanto no filme, foi o quanto a história me fez pensar sobre a minha vida. Basicamente, para quem não sabe, Clube da Luta é a história de um clube de luta (capitã óbvio) que se fragmenta em um grupo "terrorista", por assim dizer, com características niilistas que foge, e muito, do que é aceito comum na sociedade. É uma descrição meio generalizada, mas é o melhor que consigo sem dar tanto spoiler.
No começo do livro, eu me identifiquei muito com o personagem principal (que, pasmem, não tem nome) e acho que isso foi bem importante para o meu envolvimento com a história. Chuck Palahniuk escreve e descreve de um jeito fantástico. Você se sente lá! No apartamento com mobília de catálogo, no escritório, no hotel... é tudo muito próximo e envolvente.
O jeito como são definidos os capítulos e como são descritas as cenas garantem um ar cinematográfico à história. Quando perceber, você estará devorando páginas e páginas durante horas seguidas porque NECESSITA saber o que aconteceu.
E o livro ensina várias coisas. Você vai aprender a fazer explosivos! Se eles funcionam ou não, nunca testei. Mas o livro cita vários modos diferentes de fazer explosivos. Isso torna tudo mais real. Você aprenderá a fazer sabão e qual o melhor tipo de adubo orgânico. Saberá um ótimo jeito de explodir o escritório do seu chefe ou o seu apartamento. Clube da Luta te prepara pra vida.
Mas, para mim, o ponto chave do livro, o que fez com que eu o considerasse meu livro favorito foi...
A FILOSOFIA. Completamente "anti", assim é o Clube da Luta. Anti-consumismo. Anti-aceitar a vida imposta a você. Anti-não cometer crimes. É completamente diferente do que, provavelmente, você julga correto. Diferente a ponto de te fazer questionar toda a sua moral e a ética que te governa.

AVISO: o final do filme é bem diferente do livro. Eu preferi a versão escrita, apesar de ser um pouco sem noção em uma parte, mas tenho amigos que são apaixonados pelo final do filme.

"Trabalhamos em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos."

"Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar. Não tivemos Grande Guerra, não tivemos Grande Depressão. Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida. Fomos criados pela televisão para acreditar que um dia seríamos ricos, estrelas de cinema e da globo. Mas não seremos. E estamos aos poucos aprendendo isso. E estamos muito , muito revoltados."

"As coisas que você possui acabam possuindo você."

"Olhe para as estrelas e desapareça."

Enfim... Um livro cheio de ação, de inteligência, filosofia, contestação, humor e ensinamentos peculiares. Recomendo a todos.
Separei umas imagens do filme, que não deixa a desejar em nada. Um dos meus favoritos também. Convenhamos, com uma história perfeita, Helena, Brad e Norton, não tem como não amar.




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