Eu sempre tive um bom pai.
Isso pode ser um começo surpreendente para o texto, principalmente quando 5,5 milhões de crianças não têm nome do pai no registro e outra grande parte é criada apenas pelas mães. Mas esse não é o meu caso.
Eu tive a sorte de crescer com um pai e uma mãe maravilhosos e, em comemoração ao dia dos pais, quero dizer algumas palavras sobre o que aprendi com o meu. Até porque ele é o único leitor do blog (risos).
Meu pai é um grande pedagogo, me ensinou muito. Aprendi que é melhor lidar com meus defeitos do que ocultá-los. Que não preciso me encaixar onde estou incomodada. Que não preciso fingir um sentimento que não sinto. Aprendi que devo ser respeitada.
Aliás, eis um fato sobre o meu pai. Ele sempre nos trata - e digo nós porque tenho uma irmã - como um ser humano. Soa estranho certo? Afinal, a maioria dos progenitores encara o filho como uma extensão do próprio corpo, e apenas isso, esquecendo de pensar neles como pessoas independentes. Meu pai não. Ele gosta de quem somos, por que somos assim. Torna-se, também, uma relação de amizade. Numa amizade você aceita as diferenças, afinal o outro não tem que ser igual a ti. O maior exemplo que tive dentro de casa é que meu pai não gosta nem um pouco de tatuagens, cabelos curtos ou tingidos e piercings. Mas sempre elogiou minhas tatuagens e entende que meu estilo é diferente do dele. E está tudo bem!
Quando for pai de alguém, seja presente. Acima de tudo, garanta que seu filho é amado e saiba que é amado. Participe da vida dele não como alguém que é obrigado a estar lá, mas como alguém que aprecia a jornada da paternidade.
Feliz dia dos pais a todos os que de fato são.Aos demais... pff.
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