De volta à blogosfera

 

Foto: Beatriz Jakubowski

Essa semana eu estava lendo um e-mail sobre o fim do FeedBurner e me lembrei de um vídeo da Bruna Vieira falando sobre a saudade que ela sente da época dos blogs. Foi quando me dei conta que eu estava afastada desse universo de blogs (mais de ler do que escrever) há alguns tempo e bateu uma nostalgia danada. Quando eu tinha 15 anos, por exemplos, eu praticamente vivia na blogosfera, alternando entre meus sites favoritos, um blog de moda que eu amava e foi desativado anos atrás e meu Tumblr (na época ainda era uma rede popular). Buscando reviver essa sensação, baixei uma extensão do Chrome (sou viciada nelas) chamada Feed Reader e adicionei diversos blogs na lista, deixando bem mais fácil acompanhar o que é postado.

Cabe lembrar aqui o conceito de slow blogging, bem explicado por esse vídeo da Nátaly Neri. As notificações de novos posts no feed reader me fazem reservar um tempo para de fato ler o que as pessoas escreveram e em apenas alguns dias já me surpreendeu com com a qualidade e quantidade de informações que podemos absorver a ler algo com muito mais de 140 caracteres. E, veja bem, eu não sou uma pessoa completamente sugada pelas redes, afinal leio vários livros - acadêmicos ou não - e tento me manter por dentro das notícias enquanto meu psicológico permite. A diferença aqui foi, pra mim, o entretenimento que deixou de ser recomendado por algoritmos (dentro do possível) e passou a ser pelo meu gosto pessoal, a partir dos blogs que eu escolhi e decidi ler. Há quem argumente que escolhemos quem seguir nas redes sociais, mas um parco conhecimento sobre algoritmos já é capaz de refutar essa ideia.

Desde o começo da pandemia, as redes sociais têm se tornado um objeto de ansiedade absurda para mim. Não aguento mais abrir o whatsapp, meu facebook só existe para logar nas coisas e o twitter virou uma ferramenta para acompanhar as notícias e me frustrar. Sou bastante ativa, não vou ser hipócrita, mas é como se faltasse algo.

Esse texto é, portanto, um modo de relembrar a importância dos blogs e reforçar que eles ainda são um opção.

Caso alguém queira saber os blogs que sigo, aqui estão alguns recomendados: Karina Kuschnir, Nó de Oito e Bobby Pins.

Comentários