Resenha: Choose or Die

Esse novo filme de "terror" da Netflix tem uma proposta simples: escolha ou morra. Em uma junção interessante de jogos mortais e Jumanji, não demorei muito para perceber que se eu tivesse que escolher entre ver esse filme de novo ou morrer, no dia seguinte estaria batendo nas portas de São Pedro.

Lançado no streaming em abril e dirigido por Toby Meakins, Choose or Die (Escolha ou Morra) tem uma proposta de terror que, como muitas, não chega a ser aterrorizante, mas o problema não está aí. A protagonista, Kayla (Iola Evans) acaba iniciando a partida de um jogo retrô que descobriu entre as tralhas de seu amigo Isaac (Asa Butterfield) e oferece um grande prêmio em dinheiro. Porém, existe uma maldição por traz dele que tornam a realidade parte do jogo e obriga os players a fazerem escolhas macabras e, se recusarem, eles morrem.

Logo que vi o trailer eu fiquei com vontade de assistir porque achei a proposta interessantíssima! E até os primeiros 15 minutos eu estava 100% presa ao filme. Existe uma cena logo no começo em que uma garçonete come cacos de vidro e esse é o ápice da obra. Apesar de ser uma cena muito chocante e que faz você pensar "esse filme vai ser do balaco-baco!", dali para frente é só para trás. Nada além de uma decepção.

O filme oscila demais em relação à personalidade da Kayla, ora super perspicaz, ora ingênua, e a respeito do relacionamento entre ela e Isaac, isso porque em alguns momentos eles são amigos, em outros surge um romance e ainda algumas vezes dá a entender que ela não suporta o garoto. É confuso!

Porém, acho importante dizer que o problema é com o roteiro e não com a atriz. Ela é bem competente e espero ver outros trabalhos dela em breve. O Asa Butterfield, porém, segue com a profundidade de um pires e parece uma versão maconheira de seu personagem em Sex Education.

Uma cena que me incomodou MUITO foi logo no começo, quando ela apresenta o jogo para Isaac e avisa que a partida inicia todo dia em um horário fixo. Aí eles ficam no apartamento dele, comendo, conversando e ESQUECEM QUE O JOGO IA COMEÇAR. Tipo ????? Nem consigo descrever como fiquei perplexa nessa cena. Se tem um video game maligno tentando me matar e obrigando pessoas a comer vidro na minha frente, a última coisa que eu vou fazer é relaxar e perder a hora.

Por fim, após aguentar o filme inteiro, finalmente descobrimos quem (ou o que) está por trás desse jogo e olha... Que lixo! Por razões de spoilers, não vou falar mais nada sobre esse final, mas foi bem decepcionante a explicação. Mas pelo menos tem uma pequena vingança e uma briguinha que foi legal de assistir (mas não vale o filme todo).

Essas foram minhas opiniões sobre a grande decepção que Choose or Die foi para mim.

O único ponto bom é que o filme é curto.

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