Esse mês lançaram o novo filme da franquia Doutor Estranho. O segundo filme da série foi dirigido por Sam Raimi (o mesmo que dirigiu os três filmes do Homem-Aranha do Toby Maguire) e mostra um Stephen Strange atravessando o multiverso para proteger uma garota que tem como poder a capacidade de andar por diferentes universos. Ao contrário do filme um, que é um dos meus favoritos da Marvel, esse longa se mostra uma parodia de si mesmo e uma grande decepção, apesar de atuações fantásticas. Aliás, vamos começar pelo lado bom.
O Benedict Cumberbatch e a Elizabeth Olsen são incríveis e eu, particularmente, sou grande fã deles. Mas o que me surpreendeu foi a adolescente do filme, América, interpretada por Xochitl Gomez de apenas 16 aninhos!! Gostei muito da atuação dela e mal posso esperar para ver mais filmes com sua presença. Acho que ela tem um grande futuro pela frente.Mas, falando sobre as coisas negativas... vou resumir em três: piadas, efeitos, história (um pouco de spoiler nessa última parte).
Eu sei, você sabe, o Lula sabe e talvez até o Papa saiba que a Marvel é conhecida pelos roteiros engraçados e piadas que te fazem dar aquela risadinha. PORÉM... não é o caso aqui. Claro que tem uma ou outra boa, como no começo do filme que tem uma sobre os poderes do Homem-Aranha (requentada, mas ainda assim), mas a grande maioria foi bem... boba? De um jeito ruim inclusive.O filme também é meio galhofa, apesar de momentos de terror (jump scare), e eu não acho que isso combine muito com o mundo de Doutor Estranho que é um pouco mais sério.
Um exemplo é essa aqui embaixo:
Agora você pode pensar... pelo menos os efeitos eram bons? Ai... mais ou menos. Tem aquele clássico galáxia/onda de poder que a Marvel traz desde sempre e eu já estou bem saturada. Claro, o filme é quase 100% efeitos visuais por causa da questão do multiverso mesmo, mas em alguns momentos fica bem ruim, como no terceiro olho de um dos Stephens.Porém o que mais me incomodou no filme foi o ritmo e a história. Tudo já começa no meio de uma batalha épica da América e o Dr. Strange contra uma criatura alienígena e, com raras pausas, esse clima de confronto se estende até os créditos subirem. Isso foi algo que particularmente me incomodou muito porque ficou mais uma sequência de cenas de ação do que uma história que evolui.Mas, sobre a história, não fui muito fã. Apesar de ser legal ver os diferentes multiversos, um conceito que gosto muito, e acompanhar a relação entre os personagens (nenhum duo supera Strange e Wong), achei que o filme reaproveita muitas problemáticas trazidas e resolvidas em WandaVision.
Wanda decidiu destruir o universo todo para conseguir seus filhos de volta. De novo? Ela já criou eles antes, do nada, porque não pode fazer de novo? Mesmo que digam que é porque as coisas saíram do controle em WandaVision e etc., não acho que justifica porque ela se mostra bastante caótica e sem medo dos riscos e consequências (tanto que queria matar a América ao invés de apenas obrigá-la a usar seus poderes). Acho também um pouco batida essa narrativa da Wanda como nada mais que uma mãe super forte e descontrolada, 100% passional e que quer curvar o universo aos seus pés para poder estar com seus bebês. Além do machismo óbvio dessa visão, acabam se contradizendo porque em alguns momentos ela é inteligente e em outro é estúpida (foi graças a um erro banal, por ex., que ela contou para o Strange que conhecia a América).
Fim do spoiler!
Enfim... acho que ficou claro os motivos da minha decepção com esse filme. Sei, é claro, que ele está sendo ovacionado na internet, mas não gostei
Para mim, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é o pior filme da Marvel desde Homem de Ferro 3.
Comentários
Postar um comentário